A importância de nomear tudo aquilo que você sente

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Quando criança, somos alfabetizados e passamos a reconhecer letras, palavras até conseguirmos ler e interpretar um texto adequadamente. No entanto, não somos alfabetizados emocionalmente para reconhecer e expressar o que sentimos de modo transparente. Com isso, crescemos e continuamos sem saber nomear nossas emoções e quando alguém nos questiona:

“Como você se sente?”

Respondemos automaticamente:

“Bem”

“Mal”

Porque geralmente é o máximo que conseguimos perceber sobre nós mesmos. Entretanto, isso não diz muito sobre nosso real sentimento diante de alguma situação. Quando não nomeamos o que sentimos podemos deslegitimar nossas próprias dores e também a dor do outro, além de corrermos o risco de agir por impulso, considerando apenas a emoção, o calor do momento, sem analisar o todo. Isso interfere negativamente em nossa relação com o ambiente e com o outro.

Os sentimentos são sensações corporais próprias dos seres humanos; porém, a nomeação desses sentimentos é algo aprendido e possui origem social. Ou seja, há uma distinção entre sentir e nomear sentimentos e por isso precisamos aprender a identifica-los e nomeá-los adequadamente para, só assim, conseguir expressa-los.


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Quando nos tornamos capazes de identificar nossas próprias emoções, conseguimos também reconhece-las em outra pessoa. Isso contribui para o desenvolvimento da inteligência emocional e também social, pois passamos a ser mais compreensíveis conosco e, consequentemente, com o outro.

Além disso, ao ampliar nosso repertório de expressividade emocional também ganhamos autoconhecimento e melhoramos a qualidade de nossas emoções que, por sua vez, influencia diretamente em nossa qualidade de vida.

As competências cognitivas são de extrema importância, mas as habilidades socioemocionais também são fundamentais para encararmos os eventos negativos e positivos da vida. Por isso, não tenha medo de falar o que sente. Assim como somos alfabetizados até estarmos aptos a interpretar adequadamente um texto, precisamos também aprender a identificar, reconhecer e comunicar nossas emoções e isso só é possível quando passamos por um processo de auto-observação. Não aprendemos isso da noite para o dia, no entanto, quanto mais nos expomos melhor ficamos.

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